O fim do ano para donos de empresas é o momento de analisar os resultados, identificar pontos a melhorar e se planejar para a realização de novos negócios.

Neste momento, é importante colocar os números anuais da empresa em uma planilha e entendê-los levando em conta o que aconteceu em cada mês, explica Erick Krulikowski, sócio da consultoria iSetor. “Quando você fecha o ano, consegue enxergar como ações do dia a dia impactaram suas finanças.”

Outra vantagem dessa análise é que ela auxilia na hora de se fazer um orçamento para o ano seguinte, definindo quanto se precisa vender e quanto se pode investir.

Com Copa do Mundo e eleições, o ano de 2014 deverá trazer boas oportunidades para quem estiver mais organizado, diz o consultor do Sebrae-SP Marcelo Sinelli.

A empresária Andrea Moras, 42, sócia da Sob Medida Pra Vc, conta que, para crescer no próximo ano, decidiu investir em tecnologia para ter o estoque da empresa mais organizado.

No modelo de negócios usado pela companhia, conhecido como delivery de roupas, as clientes informam seus gostos e medidas pela internet e recebem as peças em casa para experimentar e escolher quais gostam mais.

A seguir, a empresa recolhe as que não serviram ou não interessaram, diz Morás.

Ela conta que, com a empresa prestes a completar um ano e atingindo uma média de 50 entregas por semana, começou a ficar inviável registrar apenas em planilhas eletrônicas o que foi enviado para cada pessoa e o que está disponível.

“Pesquisamos e encontramos um software por R$ 150 por mês. Com o que vamos ganhar de agilidade, o investimento se paga.”

Já o empresário Conrado Santos, 35, da agência de publicidade Just, conta que em 2013 decidiu mudar o tipo de contrato que firmava com seus clientes. Ele começou a dar prioridade a contratos de longa duração, em vez de fazer serviços eventuais para mais clientes, chamados de “jobs” no meio publicitário.

“Planejamos nosso fluxo de caixa do meio do ano passado até o final do ano. Fizemos planilhas com todas as despesas e possíveis receitas, até conseguirmos equacionar as coisas.”
O resultado: com mais facilidade para prever quanto teria disponível em caixa a cada mês, a empresa mudou de sede e comprou novos equipamentos, diz.

Filipe Rocha/Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha.com