A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), exercendo o seu papel de representante de mais de 500 mil empresas em todo o país, vem buscando junto ao Ministério da Economia medidas emergenciais que possam, de alguma maneira, amenizar os impactos da pandemia do coronavírus no nosso setor.

Estimamos que o setor de comércio e serviços seja impactado negativamente em mais de R$ 100 bilhões nos próximos meses. A projeção tem como premissa a normalização das atividades a partir de maio. Caso os efeitos da pandemia avancem além desse período, o impacto poderá ser ainda maior.

Ao receber o alerta das autoridades sobre o avanço da pandemia no país, a CNDL criou imediatamente um comitê de crise e orientou todo o sistema sobre o fechamento geral do comércio do Brasil durante o período de avanço do vírus, com exceção de serviços básicos, como supermercados e farmácias.

Mesmo em regiões onde o número de casos de contaminação ainda não era significativo, tornou-se fundamental sensibilizar o setor varejista para o fato de que o número de pessoas infectadas só será baixo se o contato for evitado.

Entendemos que a medida diminuirá o avanço do vírus e possibilitará o retorno das atividades o mais rapidamente possível. Enquanto houver pessoas nas ruas, o vírus continuará avançando. Seguindo as condições de trabalho recomendadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Ministério da Saúde, a CNDL e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) também adotaram o regime de teletrabalho ou home office.

Ao mesmo tempo, trabalhamos em nossas tratativas junto ao governo federal em busca de caminhos que possam, de alguma forma, atenuar as perdas ao setor.

Entre os pontos que buscamos junto ao governo, destacamos: a suspensão, por três meses, da cobrança do ISS e do ICMS sobre a comercialização de produtos e serviços para micro e pequenas empresas; a suspensão do contrato de trabalho com acesso ao seguro-desemprego; a suspensão do recolhimento do FGTS por três meses e da execução dos protestos em cartório pelo prazo de 60 dias.

O setor de comércio e serviços é o combustível do nosso país e, desta vez, não será diferente. Temos a certeza de que seremos mais uma vez o motor que vai fazer a Brasil crescer. Juntos, passaremos por mais esta crise e, com união, nos ajudaremos a levantar e recomeçar.

Juntos somos mais fortes!

José César da Costa

Presidente da CNDL