A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aumentou a previsão de crescimento da economia brasileira de 2% para 2,4% neste ano, segundo documento Informe Conjuntural apresentado nesta quarta-feira (25).

A CNI prevê ainda que o PIB (Produto Interno Bruto) industrial terá expansão de 1,4% em 2013, ante 1% previsto anteriormente. Dentro os setores, a CNI espera uma expansão de 2,6% para a indústria da transformação, alta de 2% para a construção civil e recuo de 4% no desempenho da indústria extrativa.

CNI cita inflação alta e prevê Selic a 9,75%

No cenário interno, a CNI salienta os efeitos da política de elevação dos juros básicos sobre o consumo, produção e investimento, bem como a dificuldade da economia em engatar um ritmo maior de expansão.

“A retomada do crescimento também é limitada pela inflação próxima do teto da meta. O atual patamar de juros, que deverá se manter além de 2013 para lidar com pressões originárias dos serviços e dos efeitos da desvalorização cambial, impõe amarras adicionais à recuperação”, disse a CNI.

Sobre a taxa básica de juros (Selic), a entidade calcula que a taxa fechará 2013 em 9,75% ao ano,ante estimativa anterior de 9,5%.

A estimativa para a inflação foi reduzida para 5,8% frente à projeção anterior de 6%, mas ainda avaliada como alta. A meta de inflação do governo é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo.

Saldo comercial reduzido de US$ 9,2 bi para US$ 1,7 bi

No documento apresentado nesta quarta-feira, a entidade destaca também o cenário externo marcado por incertezas sobre o comportamento da economia norte-americana, o baixo crescimento das economias avançadas e o nível de expansão da China, que afetam o comércio exterior brasileiro com efeitos deletérios sobre o ritmo de expansão e as contas externas.

Devido a isso, a indicação para o saldo comercial no ano foi drasticamente reduzida para um superavit de US$ 1,7 bilhão ante a visão anterior de um saldo positivo de US$ 9,2 bilhões.

O saldo em conta corrente também foi piorado para um deficit de US$ 79,6 bilhões contra previsão anterior de saldo negativo de US$ 74,2 bilhões.

Nas contas públicas, a indicação é de deterioração, com previsão de superavit primário de 1,70% do PIB ante 1,5% projetado anteriormente. A meta de superavit primário para o setor público consolidado (governo central, Estados e municípios) é de 2,3% do PIB.

Fonte: Uol