O contrabando, a pirataria e a falsificação de produtos geraram um prejuízo à economia nacional de cerca de R$ 160 bilhões em 2018, segundo um levantamento divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) e Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).

De acordo com a pesquisa, o valor – 14% maior que o registrado em 2017 – é o que a indústria nacional e os órgãos de tributação deixaram de arrecadar no ano passado com a prática ilegal.

Para os dois órgãos, a forte carga tributária sobre determinados produtos tem impacto negativo na competitividade com outros mercados, tornando as mercadorias estrangeiras mais viáveis financeiramente para os consumidores.

“O contrabando e o mercado ilegal crescem exponencialmente, muito disso em virtude também do aumento da tributação na indústria nacional – que faz com que os produtos originais percam competitividade -, aliado ao mau momento da economia brasileira e da perda de poder aquisitivo de boa parcela da população e à esparsa fiscalização nos portos e fronteiras”, destaca o relatório.

Entre os maiores mercados consumidores dos produtos ilegais e, consequentemente os mais atingidos, estão os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, apontados também como as principais portas de entrada de contrabando, em especial Foz do Iguaçu e Guaíra – e produtores de mercadorias piratas e falsificadas.

“Os milhões que não são arrecadados e que deixam de circular na economia passam despercebidos para a sociedade, mas geram uma cadeia de prejuízos e todos pagamos essa conta”, afirma o presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Luciano Stremel Barros.