O Brasil alcançou, em 2021, uma marca histórica com a abertura de quase 4 milhões de novos microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas. Esse dado do Ministério da Economia confirma a tendência já detectada no relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizado pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), que indicava que cerca de 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendiam tinham planos de abrir um negócio nos próximos três anos. Outros estudos do Sebrae indicam que 2/3 desses potenciais empresários são motivados pelo sonho de serem donos do próprio negócio e o restante vê na atividade empreendedora a oportunidade de gerar uma fonte de renda.

Seja qual for a motivação, entretanto, há algo que une esses dois perfis de empreendedores: a necessidade de buscar a qualificação para aumentar as chances de sucesso da empresa. A verdade é que muitas pessoas que criam um negócio não têm conhecimentos de administração, controle financeiro, gestão de pessoas ou marketing, por exemplo, e acabam sendo movidas unicamente pela paixão ou pela experiência em alguma atividade. Ser competente ou ter conhecimento na realização de um determinado serviço ou produto é uma condição extremamente importante para um bom resultado, mas não a única.

Um levantamento feito pelo Sebrae mostrou que a taxa de mortalidade de empresas, em até cinco anos após a abertura, chega a 29% entre os MEI; 21,6% entre as microempresas e 17% entre as pequenas empresas. Por trás desses números está, muitas vezes, a dificuldade do empresário em contornar os obstáculos inerentes à própria atividade, algo que poderia ser minimizado com uma capacitação permanente.

Não existem fórmulas mágicas para alcançar o sucesso no empreendedorismo. Cada negócio é único e o próprio empreendedor terá de encontrar o seu caminho. Mas, nessa jornada, a busca por conhecimento é fundamental. O primeiro passo é compreender em que aspectos o empresário precisa se capacitar, quais são suas principais fragilidades. O segundo passo é identificar as alternativas que ele tem para essa qualificação. Se a necessidade é melhorar o networking, construir uma rede de relacionamento, o ideal é buscar uma capacitação presencial. Se o empreendedor quer algo rápido, assistir a um vídeo pode ser uma alternativa. Aqui valem opções como cursos pelo WhatsApp ou até por um assistente de voz. O terceiro passo é mergulhar e entender a qualificação como um investimento para o negócio.