A atividade econômica brasileira cresceu 2,5% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2012. O aumento foi puxado pela agropecuária, do lado da oferta, e pelos investimentos, na parte da demanda. No acumulado em 12 meses, a atividade acelerou de 1,6% para 1,8%.

O desempenho dos seis primeiros meses do ano foi melhor que a alta de 0,6% verificada no primeiro semestre de 2012 (ante o mesmo período de 2011), porém inferior àquelas observadas nos primeiros semestres de 2011 e 2010, de 3,8% e de 9,0%, respectivamente.

Pelo lado da oferta, o resultado da atividade econômica foi impulsionado pela agropecuária, que teve expansão de 12,8% ante o primeiro semestre de 2012, por conta de uma grande safra de grãos.

Por outro lado, a atividade industrial exibiu crescimento de apenas 0,7% no período. Já o setor de serviços apresentou crescimento de 2,2%.

Pelo lado da demanda agregada, a formação bruta de capital fixo (medida do que investe em máquinas, equipamentos e na construção civil), com alta de 6,5% no primeiro semestre de 2013, foi o principal impulso da atividade econômica no período. Destaque para a produção de caminhões que, segundo os dados do setor, cresceu 51% no período.

O consumo das famílias, prejudicado pela alta da inflação, cresceu 2,5% no primeiro semestre de 2013 e, o do governo, subiu 1,1%.

Por fim, o setor externo freou a expansão da atividade econômica durante o primeiro semestre de 2013. As exportações cresceram apenas 0,7% e as importações (que entram com sinal negativo na composição do PIB) subiram 7,9%. No período, a balança comercial brasileira acumulou déficit de U$ 3,0 bilhões, pior resultado dos últimos 18 anos.

JUNHO

Apenas em junho, a atividade econômica brasileira teve expansão de 0,4%, na comparação com o mês anterior, quando teve queda de 0,5%, na série com ajuste sazonal. Na comparação com junho de 2012, houve expansão de 2,4%.

Pelo lado da oferta, o destaque ficou por conta da indústria, com alta de 1,5% sobre maio, seguida pelos serviços (0,3%). O setor agropecuário teve queda de 3,0%.

Na demanda, os investimentos cresceram 2,7%, seguidos pelo consumo das famílias (0,3%) e do governo (0,1%). As exportações cresceram 9,0% e as importações caíram 0,5%.

Na semana passada, o Banco Central informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que tenta antecipar a tendência do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,13% em junho, ante maio, e acumulou alta de 2,12% em 12 meses.

Fonte: Folha.com