Na última sexta-feira (18) a lista de sites de comércio eletrônico não recomendados pelo Procon-SP aumentou. Com mais de 18 sites no cadastro de endereços que devem ser evitados pelos usuários para realizar compras na internet, os sites foram registrados devido à quantidade de queixas registradas por consumidores. Confira a relação, na íntegra, aqui.

As empresas foram notificadas, mas não responderam nem foram encontrados, impossibilitando qualquer tentativa de intermediação ou abertura de processos administrativos. Segundo o Procon-SP, as queixas contra esses sites ocorrem por irregularidades na prática do comércio eletrônico, principalmente por falta de entrega do produto adquirido. Esses fornecedores não são localizados, inclusive pelo rastreamento feito no banco de dados de órgãos como Junta Comercial, Receita Federal e Registro BR – responsável pelo registro de domínios no Brasil.

Alguns casos das empresas listadas são encaminhados para o Departamento da Polícia que combate os crimes eletrônicos e ao Comitê Gestor da Internet (CGI), que controla o registro de domínios no Brasil, porém muitos sites continuam em atividade.

A nova leva de sites denunciados é um retrato comportamental dos sites de venda pela internet no Brasil. De acordo com Claudio Sá de Abreu, especialista em tecnologia da informação da Vialink, a satisfação dos clientes com os sites de vendas online não é nada positiva. O estudo mostra que, no ano de 2013, apenas 46,93% dos consumidores aprovaram a sua qualidade. De acordo com o profissional, dois pontos explicam a má avaliação do mercado: “Atraso na entrega de produtos e dificuldade dos sites em se manter em funcionamento durante grandes promoções como, por exemplo, a Black Friday”.

Segundo Abreu, na grande maioria dos casos, esses erros são um reflexo de sites mal programados. “Essas duas dores de cabeça do e-commerce costumam acontecer por falta de planejamento e desinformação de muitos empreendedores. Por não compreenderem a importância de uma infraestrutura tecnológica robusta no momento de desenvolver sua loja online, eles acabam por investir em sites que não são capazes de suportar um grande número de acessos. Isso prejudica diretamente a experiência do cliente. Portanto, a seguir, aponto alguns fatores determinantes para ampliar a satisfação do consumidor digital”, afirma.

Por isso, confira cinco dicas dadas pelo especialista em tecnologia da informação, para ter sites funcionando de modo satisfatório:

1 – Tenha rapidez no processamento de informações

É preciso ter rapidez no processamento de informações. As imagens, por exemplo, devem ser tratadas e leves para que não demorem a baixar nos navegadores dos clientes. Todo e qualquer elemento que atrapalhe o bom andamento das compras pode desestimular o consumidor. A paciência anda curta para sites que demoram segundos a cada clicada, ou que dificultam o acesso ao produto que se busca.

2 – Use códigos leves e pequenos

Todo o código que roda nas páginas do site deve ser otimizado para o menor tamanho possível, usando os melhores algoritmos que os programadores puderem desenvolver. Isso permite que as informações sejam indexadas de forma relevante em sites de busca, fazendo com que o site seja encontrado mais facilmente pelo consumidor que busca um determinado produto.

3 – Tenha um sistema de busca simples e eficiente

O site tem que ter um sistema de busca simples e eficiente. Existem soluções muito úteis no mercado de desenvolvimento de TI para que o usuário ache o que está procurando sempre nos primeiros links. Seu consumidor pode consultar várias páginas ao mesmo tempo, e um site que não abra o produto procurado já sai perdendo nessa competição.

4 – Tenha um site com facilidade de navegação

Você deve pensar no site de modo simples. Quanto menos níveis tiver, melhor. Isso facilitará a experiência de consumo de cada usuário.

5 – Evite poluição visual e excesso de texto

Evitar poluição visual e excesso de texto tornam a localização de elementos importantes da página mais difícil, especialmente em dispositivos móveis, em que o espaço é limitado. Bons webdesigners são especialistas em balancear