Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), este ano, mais de 110 milhões de brasileiros pretendem ir às compras e desembolsar, em média, R$ 116 por presente. Lojas de departamento, internet e shopping center são os principais locais de compra e, ainda de acordo com a instituição, mais da metade dos consumidores pagarão à vista.

A expectativa é animadora para os lojistas da capital que esperam para o final do ano um boom nas vendas. “O Natal é a melhor época de vendas, sem dúvida alguma, mas, este ano, tivemos um período conturbado, com greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo, eleições, segundo turno de eleição e muitos feriados prolongados, o que refletiu bastante no movimento das lojas, esperamos agora que, com o final de ano, tenha uma incrementada nas vendas.”, afirma o empresário Victor Tajra Melo.

Victor que possui lojas tanto no setor de vestuário como de calçados prevê um aumento de vendas de 10% no segmento de roupas e 12% no de calçados. O lojista conta que há uma preparação maior para o período, como aumento do estoque, contratação temporária e uma divulgação massiva em redes sociais.

“Cerca de quatro meses antes do Natal, já começamos a nos preparar em relação ao estoque, fazemos um estudo para ter uma estimativa de quanto vamos vender e, assim, planejar tudo para atender à demanda que é bastante intensa. A compra de mercadoria é toda pensada nisso, com um mix de variedades de peças e tamanhos.”, revelou.

O atendimento ao cliente é outro ponto que conta bastante nesse período. Segundo Victor e sua esposa Tissiana Melo, há um aumento no quadro de funcionários de 20% a 25%. “A semana que antecede o Natal sempre é uma loucura, então temos colaboradores extras não só para vender, mas para dar apoio na loja, como passar as peças, dobrar roupas, deixar o ambiente mais organizado.”, explicou Tissiana.

Para eles, o ticket médio de compras do Natal gira em torno de R$ 50,00 a R$ 100,00. “As pessoas entram nas lojas com listas de presentes, essas lembrancinhas sempre são peças mais básicas, blusas e sandálias em torno de R$ 50 a R$ 100.”, finalizou Tissiana.

Victor ressalta ainda que as vendas de final de ano não encerra no Natal: “Na semana seguinte do dia 25 de dezembro, além de ser um período de troca, há um movimento intenso nas lojas para quem quer comprar peças novas para o Réveillon, e isso nos surpreendeu bastante, além disso, tem pessoas que vêm à Teresina visitar os familiares e passar as festas de fim de ano, esses consumidores também vão as lojas em busca de presentes.”, destacou.

A lojista Laysa Feitosa também está se preparando para as vendas de final de ano. Sua marca fará uma campanha especial para a data com criação de uma coleção voltada para troca de presentes com blusas a partir de R$ 57,00. Para incrementar ainda mais as vendas, a empresária fará um sorteio de viagens para Paris com os clientes da loja.

“Este ano queremos nos consagrar como uma marca para presentear, então, já em novembro, damos pontapé na campanha de final de ano que envolve lojas e redes sociais. Nosso público é feminino que, além de querer estar com uma roupa nova no final de ano, também gosta de dar presentes para familiares e amigos. O período é repleto de confraternizações e amigos-secretos, nosso foco é atingir essas mulheres.”, destacou.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Evandro Cosme, apesar da lenta recuperação da economia no país e do ambiente de incertezas, a maior parte dos brasileiros pretende manter a tradição e ir às compras neste Natal. “Esse movimento promete aquecer as vendas do varejo em 2018, isso explica o porquê da data ser a mais aguardada do ano para consumidores e comerciantes e, apesar do cenário econômico atual não ser tão favorável, a expectativa positiva para o Natal dá indícios sobre a disposição dos brasileiros em consumir.” explicou o presidente.

PESQUISAR ANTES DE COMPRAR É UM HÁBITO DO BRASILEIRO

Apesar das boas expectativas para o Natal de 2018, a pesquisa realizada pela CNDL mostra que 85% dos consumidores vão pesquisar preços antes de comprar presentes e que lojas de departamento e internet são principais locais de compra.
Os reflexos da crise continuam sendo sentidos no bolso do consumidor, que enfrenta orçamento mais apertado e renda que não acompanhou ajustes de preço dos produtos. Tanto que a maioria dos consumidores ouvidos (56%) disseram que os presentes de Natal estão mais caros em 2018 do que no ano passado. Para 28%, os produtos estão na mesma faixa de preço, enquanto apenas 6% disseram que os preços estão menores.

Pesquisar preço antes de comprar já se consolidou como hábito entre os brasileiros: 85% dos entrevistados adotarão essa prática pensando em economizar e a internet (67%) será a principal aliada. O tradicional comércio de rua e as lojas de shopping são dois outros destinos de quem pretende comparar preços, com 49% e 47% das menções, respectivamente. Quanto ao local escolhido para as compras de Natal, este ano as lojas de departamento dividem a preferência dos consumidores (42%) com as lojas online (40%) — 75% desses consumidores virtuais farão, pelo menos, metade de suas compras neste canal.

Os shopping centers aparecem, em seguida, com 34% das citações, enquanto as lojas de rua foram mencionadas por 30%. Os endereços online preferidos são os sites das grandes redes varejistas nacionais (75%), sites de classificados de compra e venda (27%) e lojas virtuais especializadas em ofertas e descontos (22%). – Fonte CNDL

SETOR DE VESTUÁRIO SE CONSOLIDA NO RANKING DE COMPRAS

Por mais um ano, as roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (55%). Calçados (32%), perfumes e cosméticos (31%), brinquedos (30%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (19%), completam a lista de produtos mais procurados para a data.

Quando o assunto se refere a quem deve receber os presentes neste Natal, os filhos continuam em primeiro lugar (57%). Em seguida, os entrevistados mencionaram maridos ou esposas (48%), mães (46%), irmãos (24%), sobrinhos (21%), pais (20%) e namorados (17%). Os filhos também receberão os presentes mais caros (25%).

Na hora de escolher os presentes, o fator que os consumidores mais levam em conta é a qualidade do item adquirido (21%). A pesquisa aponta que dois aspectos chamam a atenção este ano e ganharam importância frente a 2017: tanto as promoções ou descontos oferecidos pelas lojas (20%, contra 13% no último ano) quanto o preço dos presentes (17%, contra 9% no ano passado). Além desses, os entrevistados destacaram ainda o perfil do presenteado (17%) e o desejo do presenteado (13%) como pontos a serem considerados na decisão. – Fonte CNDL.