O avanço da tecnologia tem gerado uma série de quebras de padrões, tanto sociais quanto profissionais. Ainda é difícil calcular o real alcance de todas essas evoluções, mas a única certeza é que essas mudanças estão ao nosso redor, e muitas delas já fazem parte do cotidiano. Uma delas é a forma como, nos últimos anos, o local de trabalho mudou: muitas pessoas passaram a preferir o home office, trabalho com jornada menos definida e na própria casa.

Não passar horas preso no trânsito, não ter a obrigação de ir todo dia ao escritório da empresa, fazer o próprio expediente e ter mais tempo para o lazer começa a ser uma opção viável para muitos casos – e essa modalidade é conhecida como “home office” (traduzida como “Escritório em Casa”) e tem conquistado cada vez mais profissionais.

Uma pesquisa realizada com empresas pela Câmara Americana do Comércio (Amcham) em 2012, revelou que 39% das instituições que desejavam reter seus talentos, utilizavam o home office como estratégia.

“Porém, antes de tomar qualquer atitude drástica e transformar um dos quartos de casa em um escritório ou oficina, é preciso lembrar que existem pontos chave que podem determinar o sucesso – ou o fracasso – do profissional que trabalha em casa”, exalta Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers.

Como essa ainda é uma nova forma de trabalho que vem sendo aperfeiçoada com os anos, o dono da empresa precisa entender que alguns clientes podem não levar a empresa tão a sério caso ela não tenha um endereço comercial ou uma sala para fazer reuniões e tratar negócios. “Quando acontece esse tipo de coisa, uma boa solução é locar pequenos escritórios destinados a atividades corporativas diversas” comenta Madalena.

Para o profissional que deseja trabalhar dessa forma, ele precisa estar ciente das vantagens e desvantagens que o home office traz. “As vantagens são lembradas com mais facilidade, afinal, quem não quer dormir alguns minutos a mais? Ou então, evitar o trânsito e ter um café da manhã mais calmo?”, comenta a especialista. “Mas também existem alguns fatores que podem afetar de forma negativa a produtividade do profissional que trabalha em casa”, exalta.

Segundo pesquisa realizada pelo grupo Regus, os fatores que mais comprometem a produtividade de quem trabalha em casa são: a família pedindo atenção durante o trabalho (64%), a dificuldade de concentração (44%), os ruídos domésticos (42%), as dores na coluna causadas por mesa inadequada (32%), conexão de internet lenta (28%), a vontade de deixar a TV ligada (23%) e o telefone com problemas (11%).

“Para evitar ou ao menos minimizar esses problemas, antes de contratar um profissional para trabalhar em home office – ou de se tornar um deles, – é preciso levar em consideração três aspectos importantes. O primeiro é a independência – afinal, ele não pode depender dos seus superiores ou colegas para realizar o que lhe é pedido. O segundo é a disciplina – é preciso manter o foco, priorizar tarefas importantes e manter uma rotina. O terceiro é a organização – mais do que necessária para controlar o andamento dos projetos e manter o ambiente em condições propícias para o trabalho”, conclui a especialista.

Fonte: Administradores.com