A expectativa dos líderes da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decida, nesta quarta-feira (17/4), manter a taxa básica de juros no atual patamar de 7,25%.

Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o aumento da taxa Selic é um recurso válido para conter a alta dos preços no Brasil, no entanto, esta decisão, que é ruim para o comércio, pode ser adiada, já que o recuo no preço dos alimentos medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) nas primeiras semanas de abril já mostra que a inflação vem dando sinais de trégua por si só.

“Os números mostram que o custo de vida das famílias diminuiu no começo de abril. Além disso, o recente atentado em Boston, nos Estados Unidos, fez o preço das commodities passar por um resfriamento. Dessa forma, a inflação vai recuando automaticamente e a decisão de aumentar os juros pode ser adiada”, avalia Pellizzaro Junior.

Para o líder do movimento lojista, o governo brasileiro também deve fazer o dever de casa para não comprometer o crescimento da economia e ajudar na tarefa de conter a inflação. “O aumento dos juros é um remédio, mas só deve ser usado em último caso, porque também impacta no crescimento do consumo. O governo neste momento também deveria fazer um sacrifício político e enxugar o gasto público”, defende.