Cerca de 96 mil servidores estaduais terão oportunidade de limpar seu nome junto ao SPC Brasil. Na manhã, dessa terça-feira (04), o governador Wellington Dias (PT) assinou um acordo de cooperação entre a CDL de Teresina e instituições financeiras para um programa de educação financeira para esses servidores, que servirá para que os funcionários públicos possam minimizar as suas dívidas e melhorar o seu orçamento doméstico.

De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas, o Piauí possui aproximadamente 48 mil títulos negativados de servidores estaduais por débito em diversas setores, como pagamento de contas de água, luz e de faculdades, por exemplo.

“Nós temos a informação de que mais da metade dos servidores possuem dividas e esse programa vai oportunizar que ele possa contrair empréstimos com juros menores do que os que são disponibilizados hoje e assim ele ganhará uma oportunidade de organizar melhor os seus gastos, diminuindo essas dívidas com esse novo financiamento que será descontado em folha”.

O secretário estadual de Administração, Franzé Silva, disse que uma equipe do governo detectou alto nível de endividamento, principalmente, dos servidores com os salários mais alto. Por isso, a necessidade de desenvolver esse programa para ajudar os servidores a organizarem o orçamento doméstico.

“Estamos articulando com a CDL, Câmara dos Dirigentes Lojistas, e bancos para estabelecer uma rende de descontos com empresas de forma que os servidores negativados irão ter descontos sobre essas dívidas. Os bancos vão oferecer uma linha de créditos com juros menor”, declarou o secretário.

De acordo com Franzé, os juros do crédito consignado giram em torno de 2,6 a 2,8%; com o programa a taxa máxima de juros passará a ser 1,99%.

“Isso para que o servidor tenha negociação para que os servidores possam ter em negociação recursos para que quitar seus débitos. Para adquirir o crédito, ele terá a obrigação de participar de cursos de educação financeira e o recurso não vai para sua conta; ele vai ser usada para quitar os boletos das dívidas que eles já tinham adquiridos”, explicou o secretário.