As perspectivas de boas vendas nas festas de fim de ano estão alimentando os sonhos dos varejistas. Após dois anos de recessão e de queda nas vendas do comércio, a reação da economia vai ajudar a reerguer a atividade. O setor prevê que terá, neste Natal, o melhor desempenho em quatro anos.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados no último dia 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de trabalho brasileiro movimentou R$ 188,1 bilhões em salários no terceiro trimestre do ano. O resultado representa quase R$ 7 bilhões a mais em circulação na economia no período de um ano, impulsionando a expectativa de venda para o próximo Natal.

Devido ao cenário favorável, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera para o Natal de 2017 um crescimento de 4,3% nas vendas, com destaque para vestuário, móveis e eletrodomésticos.

Em Teresina, as expectativas também são animadoras, segundo o presidente da CDL de Teresina, Evandro Cosme, a previsão é que este ano, as vendas tenham um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. “o setor está confiante que este ano será bem melhor, ano passado, não teve contratações e em 2017, as contratações temporárias já começaram. NO final de novembro, com a primeira parcela do 13º, já é possível ver uma movimentação maior nas lojas”, frisou.

Empresária no setor de confecção, Laysa Feitosa afirma que o Natal é sempre uma época de grandes vendas, e sua marca já está preparada para receber a grande demanda das festas de fim de ano. “Como produzimos todas as peças vendidas nas lojas, já preparamos uma coleção especial para o fim de ano, com peças a partir de R$ 59,90, ideal para presentear a família, os amigos e também nas comemorações como os amigos secretos. O piauiense gosta de presentear e a gente aposta em peças de qualidade com preço justo”, destacou.

Para os consumidores a realidade também é bem melhor que a do ano passado, funcionária de call center, Nayara Vieira conta que devido à crise, economizou bastante e por isso está animada com o fim do ano. “Natal na minha casa é sempre uma data muito festiva, então além de ter um dinheirinho guardado, já estou preparando o 13º para ter um Natal mais farto. Não quero deixar de presentear meus sobrinhos e alguns amigos”, destacou.

Para quem passou o ano desempregado, a contratação temporária chegou em boa hora. Valéria Rodrigues trabalha informalmente como cabelereira e com a chegada do fim do ano, conseguiu uma vaga no comércio como operadora de caixa, por 3 meses e com carteira assinada e já está trabalhando desde o dia 1º de novembro. “Minha expectativa é que a contratação temporária vire efetiva, mas só de já estar trabalhando por esses três meses é um grande alívio. Esse emprego chegou em boa hora”, falou a jovem de 21 anos.

A gerente de RH, Ana Brito, responsável pelas contratações da empresa que Valéria foi contratada conta que este ano houve um aumento nos empregos temporários da empresa. “Como a marca cresceu, com abertura de novas lojas, aumentou a demanda por mão de obra. Neste fim de ano, contratamos 24 pessoas, para trabalhar com vendas e operar o caixa das lojas. É um dado maravilhoso, pois estamos gerando emprego e renda para que os trabalhadores tenham um final de ano bem melhor”, finalizou.