Uma audiência pública na manhã desta segunda (16) discutiu o polêmico projeto de lei que regulamenta a atividade de comércio e prestação de serviços ambulantes em espaços públicos de Teresina. Chamado de “lei das calçadas” o texto reduz para no mínimo um metro o espaço para a circulação dos pedestres no centro da capital e autoriza o trabalho nos setores de gênero alimentício, vestuário, artigos eletrônicos e até mesmo serviço estético.

O superintendente CDL Teresina, Ulysses Moraes, criticou o texto apresentado pelo executivo. “Não podemos prejudicar um projeto de sucesso que é o do shopping da cidade. Temos inteligência e capacidade de diálogo suficiente para encontrar uma solução. Temos que encontrar soluções para gerar emprego e renda e valorizar o trabalho de quem acreditou no shopping dos ambulantes, temos que escutar todo mundo e chegar a uma melhor solução”, afirmou.

Nos corredores do legislativo a matéria vem recebendo duras críticas dos vereadores. Aluísio Sampaio chamou a matéria de politiqueira.

“Ninguém pode permitir que o espaço público seja ocupado, principalmente para as pessoas transitarem. Do jeito que a prefeitura quer fazer vai haver uma desordem na cidade, vai se incentivar esse tipo de atividade aumentando o comércio ambulante. Defendo que se tenha um cronograma de atividades nos bairros. É uma medida eleitoreira, nenhum ambulante pode ocupar espaço público permanentemente”, afirmou.