A análise de informações como dados cadastrais de clientes ou histórico de compras e navegação pode ser um diferencial na hora de oferecer atendimento, produtos e serviços personalizados. Mesmo empresas de menor porte podem se beneficiar do “big data” (captura e análise de grandes volumes de dados).

Edson Barbieri, diretor de operações brasileiras da empresa de marketing ExactTarget, dá algumas dicas de como utilizar a ferramenta para obter bons resultados nos negócios:

VÁ ATRÁS DE DADOS

Toda informação é importante. Saber quantas vezes alguém visualizou determinado produto, qual e-mail de promoção foi aberto e até o histórico de compras não finalizadas de um usuário podem ser indicativos de comportamento e preferências. Além disso, dados cadastrais revelam informações demográficas — gênero, idade, localização — importantes.

Ainda assim, nada impede que empresas corram atrás de outros dados. Segundo Barbieri, é importante estimular os clientes a compartilharem esse tipo de informação. “Você pode fazer pesquisas via e-mail ou redes sociais, e pode até oferecer benefícios a quem participar delas”, explica.

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Empresas devem ir atrás de dados e informações de seus clientes para personalizar marketing e atendimento
Empresas de menor porte podem se beneficiar do “big data”

NÃO TORNE ISSO CHATO AO CONSUMIDOR

Se para assinar uma newsletter o usuário precisar responder páginas e páginas de questionário, pode acabar desistindo no meio do caminho. É importante que a coleta de dados não se torne uma coisa maçante ao cliente.

“O recomendado é ir aos poucos. Colete apenas o necessário. Você pode pedir as informações essenciais para um cadastro no primeiro momento, e depois, em outra oportunidade, tentar buscar outros dados”, diz o especialista. Segundo ele, pesquisas devem ser sempre curtas e objetivas.

TRACE PERFIS

Conheça seu cliente. Depois de coletar as informações, analise-as e trace perfis por idade, gênero, profissão etc. Também fique atento aos comportamentos e preferências, e crie grupos.

Desta maneira, você tem mais recursos para saber o que oferecer para determinado público.

RESPEITE O CLIENTE

Todos os dados devem ser coletados com o consentimento do usuário, e a empresa precisa informar para que essas informações serão utilizadas.

“Mesmo quando se trata do comportamento de navegação do usuário, a empresa tem que deixar explícito que faz uma coleta de dados com a intenção de oferecer um serviço personalizado”, afirma Barbieri.

Segundo ele, também é importante respeitar as opções do usuário. “Se ele aceitou receber e-mails promocionais, não mande SMS. Se a frequência estipulada for mensal, a empresa também não pode enviar mensagens diárias”, diz.

ESTEJA PRESENTE EM VÁRIOS CANAIS

Para chegar a diferentes públicos, é preciso estabelecer diferentes formas de comunicação. De acordo com Barbieri, a empresa precisa interagir de forma multicanal e integrada.

“Também é preciso ter cuidado para não cometer erros. É necessário entender qual canal atinge o público que a companhia deseja, qual tipo de conteúdo funciona para ele, e com que frequência e relevância ele deve ser tratado”, explica.

SEJA CUIDADOSO

Segundo o especialista, o “big data” oferece uma série de possibilidades, mas também alguns riscos. “Quando a empresa se dá conta da quantidade de dados que possui em mãos, e de como pode usá-los, pode acabar se perdendo”, diz o especialista.

Segundo ele, qualquer ação de marketing deve ser colocada em prática gradativamente.

Fonte: Folha de São Paulo