A cena é mais comum do que você imagina. Uma senhora simpática, de nome Ana, está no setor de crediário da loja para parcelar suas compras de eletrodomésticos. Seu CPF e nome conferem na base de dados da Receita Federal e seu score de crédito está perfeito, porém existe um problema: Ana, na verdade, chama-se Maria que nunca pagou o crediário e não vai pagar o novo crediário.

Onde está o erro? Acertou quem disse que era a foto. “O problema não é o CPF, mas o rosto de quem o está portando”, explica Brunno Rosal, gerente de vendas da CDL de Teresina. “Os criminosos hoje já produzem documentos com papéis originais e usam CPFs, RGs e nomes verdadeiros sem problema de negativação de crédito. Mas substituem a foto do dono pela foto do fraudador”, diz o gerente.

Com o a biometria facial, novo serviço disponibilizado pela entidade, o lojista pode realizar leitura dos traços do rosto para confirmação de identidade. Através de uma foto simples, o equipamento identifica o cliente com um nível de acerto de 99,75%, afirma Brunno Rosal.

A solução foi criada a partir da demanda de uma rede de varejo que registrava muito prejuízo com fraudes. Entre as empresas que já utilizam o sistema estão: Renner, Magazine Luiza, Riachuelo e Marisa e em empresas de outros setores.
Em Teresina, lojas como Noroeste, Pintos e Paraíba já estão usando o equipamento e já conseguem observar a maior segurança nas vendas.