A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,5% em fevereiro deste ano, elevando-se um ponto percentual ao verificado em janeiro (de 94,5%). Isto significa que durante o mês passado, a cada mil pagamentos realizados, 955 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Em fevereiro de 2013 a pontualidade de pagamentos havia sido de 95,3%.

De acordo com os economistas da entidade, o deslocamento do feriado móvel do carnaval que, neste ano caiu em março, favoreceu o ritmo dos negócios e a geração de caixa das empresas em fevereiro, melhorando seus níveis de pontualidade.

As micro e pequenas do comércio apresentaram o maior nível de pontualidade de pagamentos no mês passado, atingindo 96,2%. Nas empresas de serviços, o percentual foi de 94,7%, ao passo que nas empresas industriais, o nível foi de 94,6%.

Em fevereiro deste ano, o valor médio dos pagamentos pontuais cresceu 16,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 1.986 contra R$ 1.709). O maior valor médio foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas de serviços (R$ 2.024), seguido pelo das comerciais (R$ 2.014) e, por fim, do segmento industrial (R$ 1.777).

Também segundo o Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil, de modo geral, o número de dívidas em atraso regularizadas cresceu 2,23% no mês passado na comparação com igual período de 2013.

O crescimento do indicador foi mais fraco na comparação outros períodos. Em janeiro, a variação na base anual de comparação havia sido de 9,12% e em fevereiro de 2013 o aumento foi de 8,50%.

Na comparação com janeiro de 2014, o indicador apresentou recuo de 0,42%. A queda do número quando se comparada ao mês imediatamente anterior é típica de fevereiro, dado a maior dificuldade das famílias em pagar os compromissos financeiros de início de ano, como despesas escolares. No acumulado do bimestre, o volume de dívidas quitadas soma alta de 5,57%.

“Fatores relacionados ao desaquecimento da economia, como juros e inflação e desaceleração da massa salarial explicam a dificuldade de parte dos brasileiros em regularizar suas pendências”, afirmou a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.