Em novembro, o número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) diminuiu 2,63% em relação a novembro do ano passado. Na comparação mensal ― ou seja, em relação a outubro deste ano sem ajuste sazonal ― o número de pessoas que limparam o nome apresentou uma tímida alta de 0,79%, influenciada, principalmente, pelas campanhas de recuperação de crédito realizadas nas principais capitais e no interior e também pela injeção de capital extra na economia por meio do 13º salário.

No acumulado do ano — de janeiro a novembro de 2014, frente ao mesmo período do ano passado — a quitação de pendências financeiras em atraso, no entanto, apresenta um resultado negativo de 1,71%.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados de recuperação de crédito seguem refletindo a falta de dinamismo da atividade econômica ao longo de 2014, com a piora na confiança do consumidor e dos empresários, aliada a níveis elevados de inflação e de taxas de juros. “Há uma grande dificuldade no pagamento de dívidas e também na regularização daquelas que estão pendentes”, afirma a economista.