As manifestações que ocorrem pelo país inverteram a percepção do consumidor em relação à situação econômica do país, apontou a “Sondagem de Expectativas do Consumidor”, divulgada nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Se antes das manifestações os entrevistados se sentiam um pouco mais confiantes com relação à economia, depois, esse sentimento se inverteu.

Antes de as manifestações ganharem proporção país afora, entre o dia 31 de maio a 10 de junho, o quesito da Sondagem que mede a percepção quanto à Situação Econômica Atual subiu 3,2%, de 85,1 pontos para 87,9 pontos. Do dia 11 a 19 de junho, quando o movimento social ganhou corpo, o mesmo indicador passou a cair 9,3%, para 82,9 pontos.

Ao final do levantamento, a FGV apurou queda de 2,6% do Indicador da Situação Econômica Atual, entre maio e junho, descontando-se os efeitos sazonais.

“Os resultados melhoravam até o dia 10, mas caíram bruscamente do dia 11 ao dia 19″, disse Viviane Seda, coordenadora da “Sondagem do Consumidor”. “A percepção do consumidor em relação à economia está relacionada às manifestações políticas. O consumidor é sensível a esse tipo de movimento”, disse.

A Sondagem mostrou que o Índice de Confiança do Consumidor caiu 0,4% em junho para o pior nível desde março de 2010. O índice mede a percepção com relação à situação atual e as perspectivas para o futuro.