Apesar do aumento dos juros básicos da economia e também das taxas cobradas pelos bancos no ano passado, os brasileiros quitaram mais suas dívidas em 2013. Em 2012, a inadimplência, nas operações com recursos livres (sem contar crédito habitacional e rural, entre outros) havia registrado estabilidade.

Segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira (29), a taxa de inadimplência dos consumidores pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres, recuou 1,3 ponto percentual no último ano, passando de 8%, em dezembro de 2012 para 6,7% no mesmo mês de 2013.

Apesar da alta em todo ano passado, a inadimplência registrou pequeno crescimento em dezembro, para 6,7%. Em novembro de 2013, a taxa estava em 6,6% (dado revisado). A taxa de inadimplência do BC capta operações de crédito com atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos.

Inadimplência total de empresas

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com “recursos livres”, somou 3,1% em dezembro do ano passado – com queda de 0,2 ponto percentual no mês e de 0,6 ponto percentual no acumulado de 2013 (visto que somava 3,7% em dezembro de 2012). Para estas operações, trata-se da menor taxa desde março de 2011 (3,07%).

Considerando a taxa total de inadimplência, o que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com “recursos livres” (desconsiderando crédito habitacional, rural e operações do BNDES), houve estabilidade de novembro para dezembro. A taxa permaneceu em 4,8%. Mas, em todo ano passado, a inadimplência recuou 0,8 ponto percentual (pois somava 5,6% em dezembro de 2012).Também é o menor patamar desde março de 2011.

Metodologia

A autoridade monetária mudou, no início de 2013, o formato de registro dos dados de inadimplência e, ao mesmo tempo, também desativou a série histórica que vigorava anteriormente. A instituição ainda não divulgou a nova série para os dados, que tem início em março de 2011. Com isso, estão disponíveis, neste momento, somente dados de dezembro do ano retrasado em diante.

Fonte: G1