Pesquisas internacionais apontam o Brasil como um país muito pouco produtivo quando comparado aos Estados Unidos e a várias nações europeias. Esses estudos chegam a estimar que a produtividade do trabalhador nesses países seja até quatro vezes maior que a média brasileira. Trata-se de um dado assustador quando pensamos que precisamos de mais gente para fazer o mesmo trabalho e, ainda por cima, que nossos encargos e obrigações trabalhistas são pesadíssimos.

Esta semana, um cliente nos disse que queria dar um aumento espontâneo para alguns funcionários e isso representaria 6% de aumento na folha de pagamento. Aparentemente não é muito. Porém, com o dissídio que deve vir próximo de 10% para a sua categoria, ele deve ter um impacto total de quase R$ 30 mil entre promoções, dissídios e encargos. Subir uma folha de R$ 150 mil mensais para próximo de R$ 180 mil em um ano difícil como o que estamos vivendo é assinar uma promissória em branco. É dizer que conseguirá vender muito mais, somente para cobrir esse aumento no custo de pessoal.

Em muitos negócios, a equipe é essencial e fundamental para a sobrevivência da empresa. É onde está guardada a inteligência do negócio e o relacionamento diferenciado com os clientes. Mas será que estamos aproveitando cada um dos nossos recursos da melhor maneira? A questão aqui não é nem se conseguimos reduzir nossa equipe, mas se somos capazes de realizar um volume maior de trabalho com a mesma quantidade de pessoas que já temos. Será que conseguimos fazer com que as pessoas desempenhem mais atividades, preparando a empresa para crescer e aumentar sua lucratividade? Vou apresentar aqui duas excelentes alternativas para conseguir esse feito:

1 – Redesenhar os processos da empresa Isso ajudará a definir quem realiza cada tarefa, o que deve ser entregue a quem, quando e como. Pensar nos processos ajuda a identificar tarefas importantes que podem estar sendo deixadas de lado ou não estar recebendo a devida atenção, por um lado, e aquelas às quais estamos dedicando muito tempo e energia e são pouco lucrativas para o negócio.

2- Usar a capacidade criativa do nosso cérebro No início do dia a mente está descansada e trabalhando na sua capacidade máxima. Parece óbvio, portanto, que este é o momento ideal para focar em algo verdadeiramente lucrativo e que requer concentração e raciocínio. No entanto, a maioria das pessoas usa esse tempo para ler e-mails, navegar em redes sociais e realizar outras atividades não produtivas, e deixa para encarar tarefas mais complexas depois do almoço ou no final do dia, quando o cansaço já é grande. Otimizar o uso da capacidade criativa do cérebro é uma importante ferramenta para melhorar a produtividade.

Além desses dois exemplos, outras ferramentas de RH podem e devem ser usadas para atrair, reter e desenvolver seus talentos. Algumas delas são: avaliação de desempenho, definição de competências para cada uma das funções, estabelecimento de políticas claras de promoções e trilhas de carreira, criação de um ambiente saudável e próspero, entre outras. Por fim, vale lembrar que cabe à direção da empresa ajudar seus colaboradores a organizarem suas atividades e rotinas, a fim de extrair todo o potencial do funcionário.

Fonte: Terra