Você já pensou em presentear um amigo, namorado, seu pai ou irmão? É que nesta segunda-feira, 15 de julho, é comemorado o Dia do Homem no Brasil. Atualmente o homem está mais cuidadoso, preza pelos detalhes, está sempre bem vestido e de olho nas tendências. Dessa forma, a data tem ganhado espaço e representatividade nas vendas do comércio varejista.

No Brasil, desde 1992, o Dia do Homem é comemorado em 15 de Julho, por iniciativa da Ordem Nacional dos Escritores. Um dos co-fundadores, Edson Marques, pretende que se altere o nome para Dia do Homem Livre. Mas, a data também é comemorada internacionalmente, no dia 19 de novembro de 199,  em Trinidad e Tobago e foi apoiado pelas Nações Unidas, recebendo amplo apoio dos homens de várias partes do mundo. Há quem indique que a data também foi sugerida por Mihkail Gorbachev ex-presidente da extinta União Soviética.

Para a consultora em varejo Karla Rosa, a ideia é boa. “O varejo precisa criar estratégias para se manter, e essa é mais uma delas. Julho não é um bom mês para o comércio, e, talvez por isso, esse dia está servindo como pretexto para alavancar vendas”, analisa. Para ela, se houver investimento suficiente, é possível marcar a data no imaginário dos consumidores.

Rafael Porto, professor da pós-graduação em administração da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em comportamento do consumidor, é mais moderado ao falar sobre a data. Como Karla Rosa, ele acredita que o varejo está investindo na época porque, em julho, não existe nenhum evento para incentivar o comércio. Mas ele não acredita que a comemoração tenha força para se impor. “A princípio, não me parece que vai ser uma data muito comemorada. Mas pode ser que no futuro vire alguma coisa, se os comerciantes souberem trabalhar bem”, avalia.

Gerente da rede de cosméticos que está investindo no Dia do Homem este ano, Fábio Gilioli se apoia em argumentos acerca do novo comportamento masculino para justificar a crença no potencial da data. “O homem começa a reconhecer que é importante se cuidar e estar bonito para quem ele gosta. Vemos no dia comemorativo uma oportunidade de focar nesse público em uma data específica”, diz.

O advogado Paulo Roberto Coimbra, 37 anos, que afirma se cuidar sem levar a vaidade ao extremo, acha a data válida para quebrar preconceitos. “Nós brasileiros não temos essa cultura de que o homem pode tomar alguns cuidados. Eu vou à academia, por exemplo, e não abro mão de roupas de boa qualidade”, conta