O Brasil registrou a criação de 396.993 vagas de trabalho com carteira assinada em 2014. Esse dado considera o valor com ajuste até novembro, ou seja, os dados entregues pelas empresas fora do prazo até o penúltimo mês do ano.

Sem os ajustes, o total de vagas criadas cai para 152.714. O resultado ficou bem abaixo da meta do governo, de 1 milhão de novas vagas, e é o mais baixo desde 2002. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em quatro anos, de 2009 a 2014, o país ganhou 5.277.071 novos empregos com carteira, também segundo dados do Caged. “O Brasil vive o pleno emprego, com regiões onde a taxa de desemprego está abaixo dos 3%, caso do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Em 2015, como os prognósticos da economia  são mais positivos que em 2014, acreditamos que vamos continuar gerando empregos”, disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Governo cortou meta de 1,5 milhão para 1 milhão

No começo do ano passado, o governo previa a criação de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos de janeiro a dezembro de 2014, número que foi reduzido posteriormente para 1 milhão.

No final de 2013, o ministro do Trabalho chegou a afirmar que esperava manter a média de criação de 120 mil empregos por mês em 2014. Em dezembro, o ministro afirmou que o governo não trabalha com metas de criação de vagas em 2015, porque o país está em um momento atípico, depois da Copa do Mundo e das eleições, e vive pleno emprego.