O setor de franquias cresceu 6,7% no país em 2013, atingindo o faturamento de R$ 325 bilhões, segundo levantamento da consultoria Rizzo Franchise, que monitora o mercado há 25 anos.

No ano passado, foram abertas 13.699 novas unidades, o que equivale a 38 novos negócios por dia ou 5 por hora. Entre unidades próprias e franqueadas, o setor alcançou 204.267 lojas, uma alta de 7,19% ante 2012.

O maior setor é o de alimentação fast food, que representa 13,65% do mercado. Em seguida, estão saúde e beleza, com 13,54%, e vestuário, com 11,84%.

Segundo o estudo, 132 novas marcas de franquia chegaram ao mercado de framnquias no último ano, elevando para 2.711 o número de empresas que atuam no franchising brasileiro. Desse total, 86% são de origem brasileira.

O crescimento de 5,12% no número de novos franqueadores foi o menor dos últimos 8 anos. Apesar disso, o resultado é visto como positivo. “Depois de 4 anos, a rede voltou a crescer no mesmo nível do número de novas marcas, o que aponta para um maior equilíbrio e elevação da taxa de produtividade dos franqueadores”, diz o consultor Marcus Rizzo.

Ele destaca que o índice de produtividade das redes brasileiras ainda é muito baixo, com uma média de 76 franquias por franqueador. “No mercado americano, o número médio de unidades para cada rede é de 670, quase 10 vezes mais”, diz.

O levantamento mostra ainda que as novas franquias abertas em 2013 geraram mais de 285 mil novas vagas de emprego, um crescimento de 14,05% em relação a 2012. Atualmente, o setor gera 2,321 milhões de empregos diretos e mais dois milhões indiretos, segundo a Rizzo Franchise.

43% das franquias brasileiras não possuem unidades própria

A consultoria chama atenção para o número de marcas que atuam no mercado sem unidades próprias. Segundo o levantamento, 43% das franquias brasileiras não possuem unidades próprias.

Na outra ponta, os inexperientes também cresceram – em 2008 representavam apenas 13% e hoje já são 31%. ”Isso significa que muitas marcas sequer consolidam uma experiência antes de vender uma franquia”, diz Rizzo. “A ideia por trás da franquia é passar para terceiros a experiência consolidada de uma operação. Mas nestes casos não dá para falar de transferência de sucesso”, completa.

Segundo o estudo, 31% das marcas de franquia lançadas atualmente nunca experimentaram o próprio negócio, ou seja, não possuem experiência. Os 5 setores que possuem redes com menos anos de operação no negócio antes de iniciarem a expansão com franquias são: hotelaria & turismo, automotivo, telefonia, educação & treinamento, e negócios & serviços.

O levantamento mostra, entretanto, uma melhora nos últimos anos. Em 2008, apenas 32% dos franqueadores tinham 3 ou mais anos de experiência antes de lançaram suas franquias no mercado. Em 2013, essa fatia passou para 51%.